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sábado, 14 de abril de 2012



Estudo de Paulo de Tarso - Excertos
.
Obra 21:  Paulo e Estevão - Emmanuel/Chico Xavier

Este trabalho ainda é um esboço, não foi concluído e portanto pode conter erros de linguagem e mesmo de conteúdo.

Caso ache algum erro por favor nos avise!

O objetivo é uma seleção de excertos do livro para consulta rápida e que permitem ser classificados conforme um determinado tema por exemplo: Tiago, Mulher, Sofrimentos etc...


Obra
Local
Excertos
21
Pag.: 093

Discurso de Estevão na Casa do Caminho, primeira vez que Paulo o ouve.

- Moisés foi a Porta, o Cristo é a Chave
21
Pag.: 097

Quando da intervenção de Saulo ao discurso de Estevão na Casa do Caminho Emmanuel nos diz:

Os apóstolos da Galiléia não conseguiam dissimular seu receio.

Tiago estava Lívito.
21
Pag.: 101

Estevão ao ser provocado por Paulo a discutir na Casa do Caminho:

- Quanto ao mais, este templo humilde é construção de fé e não de justas casuísticas. Jesus teve a preocupação de recomendar a seus discípulos que fugissem do fermento das discussões e das discórdias. Eis por que não será lícito perdermos tempo em contendas inúteis, quando o trabalho reclama o nosso esforço.
21
Pag.: 101

Na Casa do Caminho quando foi, pela primeira vez, ouvir Estevão e este não quis discutir:

Saulo sentiu-se abalado em todas as fibras do seu orgulho. Fixou-o, quase com ódio, mas o pregador correspondeu-lhe com um olhar sereno e amistoso
21
Pag.: 114

Quando Estevão foi ao sinédrio e era interrogado por Paulo:

- Moisés é a justiça pela revelação, mas o Cristo é o amor vivo e permanente
21
Pag.: 115

Quando Estevão foi ao sinédrio e era interrogado por Paulo:

- O discípulo do Cristo deve saber a quem serve e eu me honro em ser instrumento humilde nas suas mãos
21
Pag.: 115

Quando Estevão foi ao sinédrio e era interrogado por Paulo:

- Compreendereis, um dia, que, para Deus, Israel significa a Humanidade Inteira.
21
Pag.: 121

Quando Estevão foi ao sinédrio e era interrogado por Paulo sobre Jesus e seu ensino:

- Sua pregação não se limitou a expor princípios filosóficos. Antes, pela exemplificação, renovou nossos hábitos, reformou as ideias mais elevadas, com o selo do  amor divino.
21
Pag.: 122

Quando Estevão foi ao sinédrio e discursou:

- Falais de Moisés e dos Profetas, repito. Acreditais que os antepassados veneráveis mercadejassem com os bens de Deus? O grande legislador viveu entre experiências terríveis, e dolorosas. Jeremias conheceu longas noites de angústias, a trabalhar pela intangibilidade do nosso patrimônio religiosos, entre as perdições de Babilônia. Amós era pobre pastor, filho do trabalho e da humildade. Elias sofreu toda sorte de perseguições, compelido a recolher-se ao deserto tendo só lágrimas como preço do seu iluminismo. Esdras foi modelo de sacrifício pela paz dos seus compatriotas. Ezequiel foi condenado à morte por haver proclamado a verdade. Daniel curtiu as infinitas amarguras do cativeiro. Mencionais os nossos heroicos instrutores do passado, tão só para justificar o gozo egoístico da vida?

- Onde guardais a fé? No conforto ociosos, ou no trabalho produtivo? Na bolsa do mundo ou no coração que é templo divino?

- Incentivais a revolta e quereis a paz?

- Explorais o próximo e falais de amor a Deus?

- Não lembrais de que o Eterno não pode aceitar o louvor dos lábios quando o coração da criatura permanece dele distante?
21
Pag.: 122

Ante a atitude de ameça de violência de Paulo no discurso feito no Sinédrio:

- Vossa atitude não me intimida. O Cristo foi solícito no recomendar não temêssemos os que só podem matar-nos o corpo
21
Pag.: 123-124

Paulo depois da violência contra estevão no discurso feito no Sinédrio:

Não podia compreender a passividade com que o agredido recebera os bofetões da sua força enrijada nos exercícios do esporte.

A serenidade de Estevão perturbou-o ainda mais. Sem dúvida estava diante de uma energia ignorada.
21
Pag.: 124

Estevão depois da violência de Paulo no discurso feito no Sinédrio:

- A paz difere da violência, tanto quanto a força do Cristo difere da vossa.
21
Pag.: 127

Emmanuel, após a condenação de Estevão por Saulo nos Diz:

Saulo de Tarso, nas características de usa impulsividade, deixou-se emplgar pela idéia de vingança...
21
Pag.: 140-141

Paulo ao chegar na casa do caminho para prender os apóstolos vendo  que ...

Pedro não opôs a mínima resistência. Impressionado com o temperamento pacífico que os continuadores do Nazareno testemunhavam sempre, Saulo objetou com escárnio:

-
O mestre do “Caminho” deve ter sido um alto modelo de inércia e covardia. Ainda não encontrei dignidade nos seus discípulos, cuja faculdades de reação parecem mortas.

E Pedro respondeu serenamente:

-
Enganai-vos quando assim julgais. O discípulo do Evangelho é apenas inimigo do mal e , na sua tarefa coloca o amor acima de todos os princípios. Além do mais, nós consideramos que todo jugo, com Jesus, é suave.
21
Pag.: 142

Ao ser preso por Paulo:

Felipe deixou-se algemar sem um protesto....  .

- Coragem filhas – disse ele sem temor – acaso seriamos superior a Jesus, que foi perseguido e crucificado pelos homens?
21
Pag.: 143

Tiago ao ser achado por Paulo para ser preso é encontrado ajoelhado lendo  a Lei de Moisés. Ao ser interpelado por Paulo diz:

 - Senhor, jamais  esqueci da Lei de nossos pais. Meus avós ensinaram-me a receber de joelhos as luzes do profeta santo.

Ao que Emmanuel esclarece:

A atitude de Tiago não traduzia fingimento. Consagrando o máximo respeito ao libertador de Israel, sempre ouvira dizer que seus livros sagrados estavam tocados de virtude santa.

Na expectativa do cárcere, atemorizara-se com o perigo eminente.

Não pudera compreender, maiormente, como outros companheiros, o sentido divino e oculto do Evangelho.

O sacrifício inspirava-lhe indisfarçáveis temores.


Pensava ele na compreensão parcial do Cristo: - Quem ficaria para superintender as obras começadas?



Imaginou recorrer às virtudes sobrenaturais da Lei de Moisés, de acordo com velhas crenças...
21
Pag.: 144

Sobre Tiago disserta Emmanuel:

O filho de Alfeu, intimamente satisfeito com o resultado de sua iniciativa, acreditava agora que a Lei de Moisés estava tocada de graças vivas e permanentes.

A seu ver, fora o código do judaísmo o talismã que o conservara em liberdade.

Desde esse dia, o irmão de Levi ia consolidar,
para sempre, suas tendências supersticiosas.

O fanatismo que o historiadores do Cristianismo encontraram na sua personalidade enigmática teve ai sua origem.
21
Pag.: 145

Quando Paulo mandou castigar o leproso que lhe dirigia a palavra o leproso disse:

- Credes somente no Deus dos exército? É indispensável saberdes que se o Eterno é o fator supremo da ordem, o Evangelho nos ensina a buscar em sua providência o carinho de um Pai.
21
Pag.: 148

Sobre o tribunal instaurado por Paulo:

Das respostas do querelado dependiam o encarceramento, os açoites, o chanfalho, as bastonadas, as macerações e os apupos.
21
Pag.: 151

Gamaliel ao ameaçar de se opor a Paulo no sinédrio:

- Não me faças ir contigo, nesta assembleia, aos debates públicos escandalosos e atentatórios da feição amorosa que toda verdade deve trazer consigo.
 
21
Pag.: 156

Ao ser interpelado por Abigail sobre a possibilidade de abrandar a pena de Estevão:

- Insultou-me publicamente no Sinédrio, espezinhou nossos princípios mais sagrados...

E Concluía:

- De mim para comigo, estou satisfeito. Considero o apedrejamento esperado um dos feitos de mais importância para o futuro de minha carreira. Atestará meu zelo na defesa do nosso patrimônio mais estimável.
21
Pag.: 162

Quando no julgamento final de Estevão, Paulo pede que ele jure contra Jesus, Estevão diz:

- Morrer por Jesus significa uma glória, quando sabemos que ele se imolou na cruz pela Humanidade inteira!
21
Pag.: 166

Quando no apedrejamento  de  Estevão,  segundo Emmanuel pensa:

Aquela tranquilidade de Estevão, no entanto, não deixava de o impressionar bem no imo do coração voluntarioso e inflexível Onde poderia ele haurir tal serenidade?

Sob as pedras que o alvejavam, aqueles olhos encaravam os algozes sem pestanejar, sem revelar temor nem turbação.
21
Pag.: 166

Quando no apedrejamento  de  Estevão, Saulo vê estevão estático e ouve ele dizer:

- Eis que vejo os céus abertos e o Cristo ressuscitado na grandeza de Deus!
21
Pag.: 172

Quando no apedrejamento  de  Estevão, Abigail conversa com Estevão e Paulo os ouve:

- Não chores (Abigail)...  Eu estou como Cristo!

- Quem é o Cristo  - Murmurou a jovem...

- Jesus... é o nosso Salvador... - explicava o agonizante.
21
Pag.: 172

Quando no apedrejamento  de  Estevão, Abigail conversa com Estevão e Paulo os ouve:

- Sei que vou morrer.... mas a alma é imortal...
21
Pag.: 172

Quando no apedrejamento  de  Estevão, Abigail conversa com Estevão e Paulo os ouve:

(Abigail) – Quem assim abandona um servo leal, não será antes um senhor cruel?

(Estevão) – Jesus é justo e misericordioso... prometeu estar conosco até à consumação dos séculos... mais tarde compreenderás; a mim, ensinou-me  amar os próprios verdugos...
21
Pag.: 173

Quando no apedrejamento  de  Estevão, Abigail conversa com Estevão e Paulo os ouve:

Abigail ao indicar Paulo como seu noivo, Estevão responde:

- Cristo os abençoe... Não tenho no teu noivo um inimigo, tenho um irmão... Saulo deve ser bom e generoso; defendeu Moisés até o fim... Quando conhecer a Jesus, servi-lo-á com o mesmo fervor.... Sê para ele a companheira amorosa e fiel...
21
Pag.: 173

Ouvindo (Paulo)  as últimas frases (acima) fizera-se lívido.

A compaixão de Estevão, fruto de uma paz que ele, Saulo, jamais conhecera no fastigio das posições mundanas, impressionava-o fundamente. Entretanto sem saber por quê, a resignação e a doçura do agonizante assaltavam-lhe o coração enrijecido.

Trabalha, porém, intimamente, para não se comover com a cena dolorosa. Não se dobraria por uma questão de sentimentalismo.

Abominaria aquele Cristo, que parecia requisitá-lo em toda parte, a ponto de colocar-se entre ele e a mulher adorada.

O cérebro atormentado do futuro rabino suportava a pressão de mil fogos.
21
Pag.: 183

Nos diz Emmanuel:

Desde o martírio de Estevão...  ...Saulo de Tarso deixava-se faxcinar por sugestões de fanatismo cruel. ...

Impiedosas devassas foram ordenadas...
21
Pag.: 183

Nos diz Emmanuel:

...o futuro rabino parecia um louco, em cujo peito o coração estivesse resseguido.

Debalde, mulheres indefesas suplicavam-lhe piedade; inultimente crianças misérrimas pediram compacência para os pais, abandonados como prisioneiros infelizes.
 
21
Pag.: 184

Nos diz Emmanuel:

O moço de Tarso parecia dominado por uma indiferença criminosa.

As rogativas mais senceras encontravam no seu espírito um rochedo áspero.
 
21
Pag.: 185

Nos diz Emmanuel:

... e embora os amigos da estrada de Jope instassem por suas notícias, mantinha-se irredutível no circulo do seu egoismo sufocante.
21
Pag.: 191

Abigail contando a Paulo:

Conheci a história do Cristo, o Filho de Deus Vivo;... edifiquei-me nos seus exemplos. Desde essa hora, compreendi-te melhor, conhecendo a minha própria situação.
21
Pag.: 191

Paulo pensando enciumado:

De que poderes podia dispor o nazareno obscuro e martirizado na cruz, para conquistar os sentimentos mais puros da noiva carinhosa.
21
Pag.: 192

Abigail para Paulo

- Saulo, de que nos valeria a desesperação? Não será melhor inclinarmos-nos com paciência aos sagrados designos?
...
- Mas nós cremos em Deus e sabemos que esse fim é apenas corporal. Nossa alma não morrerá amarmo-nos-emos eternamente.
21
Pag.: 193

Abigail falando a Paulo:

Jesus não foi um mestre vulgar de sortilégios, foi o Messias dispensador de consolação e vida...

Seu evangelho de perdão e amor é o tesouro divino dos sofredores e deserdados do mundo.
21
Pag.: 193

Paulo diz:

- Sempre o mesmo refrão (ver acima) – disse confuso – invariavelmente, a afirmativa de ter vindo para os infelizes, para os doentes e infortunados.

Abigail responde:

- O Cristo cumprindo a sagrada palavra dos profetas, revela-nos que a vida é um conjunto de nobres preocupações da alma, a fim de que marchemos para Deus pelos caminhos retos. Não podemos conceber o Criador como juiz ocioso e isolado, senão como Pai desvelado no benefício de seus filhos....

Os homens valorosos a que te referes, os forros de enfermidades e sofrimentos, na posse das bênçãos reais de Deus, deviam ser filhos laboriosos, preocupados com o rendimento da tarefa que foram chamados a cumprir, a prol da felicidade de seus irmãos.

Mas, no mundo, temos contra nossas tendências superiores o inimigo que se instala em nosso próprio coração.

O Egoismo ataca a saúde.
21
Pag.: 193

Abigail continua (ver acima):

- São poucos os que se recordam da proteção divina, nos dias alegres da fartura, como raríssimos os que trabalham a revelia do aguilhão. Isso demonstra que o Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
21
Pag.: 196

Saulo sobre Jesus e Abigail:

Aquele Jesus desconhecido proporcionara-lhe forças ao coração...

…também evidente era o rejuvenescimento das suas energias espirituais.
21
Pag.: 196

Após conversa com Abigail pensativo:

Nunca meditara nos insondáveis desígnios do Eterno, como naquele momento em que recebera tão profundas lições de humildade e amor, da mulher amada.

Experimentava na alma opressa o embate de duas forças antagônicas, que lutavam  entre si para a posse do seu coração generoso e impulsivo.
21
Pag.: 196

Após conversa com Abigail pensativo:

Não compreendia Deus senão como um senhor poderoso e inflexível...

Mas começava a perquirir o motivo de suas dolorosas inquietudes. Por que não encontrava, em parte alguma, a paz anelada ardentemente? E, todavia, aquela gente miserável do “Caminho” entregava-se às algemas do carcere, sorridente e tranquila...

O próprio Estevão, cuja morte lhe servira de exemplo inesquecível, abençoara-o pelos sofrimentos recebidos por amor ao carpinteiro de Nazaré.

Aquelas criaturas desamparadas gozavam de uma tranquilidade que ele desconhecia...
21
Pag.: 199

Abigail a Paulo próxima da morte:

E, contudo, é preciso morrer para vivermos verdadeiramente... - Jesus nos ensinou que a semente caindo na terra fica só, mas se morrer dá muitos frutos...
21
Pag.: 199

Abigail a Paulo próxima da morte falando sobre revelação de Estevão, morto a ela:

Ensinou-me a quebrar o egoísmo de minhalma, encheu-me de bom ânimo e trouxe-me a grata nova de que Jesus ama-te muito, tem esperanças em ti...
21
Pag.: 201

Desde a primeira controvérsia na igreja do “Caminho”, nunca mais conseguira passar um dia sem encontrá-lo na fisionomia de algum transeunte, na admoestação dos amigos, na documentação oficial das suas diligências punitivas, na boca dos míseros prisioneiros.

Estevão expirara falando nele com amor e júbilo: Abigail nos últimos instantes consolava-se em recordá-lo e o exortava a segui-lo.
21
Pag.: 209

Emmanuel narra os pensamentos de Saulo demonstrando seu descontentamento aos resultados pessoais (paz íntima) com o cumprimento da Lei de Moises, em contraste com a paz íntima dos súpliciados cristãos.

Na véspera da chegada, quase a termo da viagem difícil e penosa, o moço tarsense sentia agravarem-se as recordaçòe amargas que lhe assomavam constantes. Forças secretas impunham-lhe profundas interrogações. Passava em revista os primeiros sonhos da juventude. Sua alma desdobrava-se em perguntas atrozes. Desde a adolescencia que encarecia a paz interior: tinha sede de estabilidade para realizar a sua carreira. Onde encontrar aquela serenidade, que, tão cedo, fora objeto das suas cogitações mais íntimas?

Os mestres de Israel preconizavam, para isso, a observância integral da Lei. Mais que tudo, havia ele guardado os seus princípios.

Desde os impulsos iniciais da juventude, abominava o pecado.

Consagrara-se ao ideal de servir a Deus com todas as suas forças.

Não hesitara na execução de tudo que considerava dever, ante as ações mais violentas e rudes.

Se era incontestável que tinha inúvemos admiradores e amigos, tinha igualmente poderosos adversários, graças ao seu caráter inflexível no cumprimento das obrigações que considerava sagradas.

Onde então a paz espiritual que tanto almejava nos esforços comuns?

Por mais energias que despendesse, via-se como um laboratório de inquietaçòes dolorosas, mas, no seu íntimo, lutava com antgonismos irreconciliáveis.

As noções da Lei de Moisés pareciem não lhe bastar à sede devoradora.

Os enigmas do destino empolgavam-lhe a mente.

O mistério da dor e dos destinos diferenciais crivava-o de enigmas insolúveis e sombiras interrogações.

Entretanto, aqueles adeptos do carpinteiro crucificado ostentavam uma serenidade desconhecida!

A alegação de ignorância dos problemas mais graves da vida não prevalecia no caso, pois Estevão era uma inteligência poderosa e ostrara, ao morrer uma paz impressionante, acompanhada de valores espirituais que infundiam assombro.
21
Pag.: 211-212

Em dado instante, todavia, quando mal despertara das angustiosas cogitações, sente-se envolvido por luzes diferentes da tonalidade solar.

Tem a impressão de que o ar se fende como uma cortina, sob pressão invisível e poderosa. Intimamente, considera-se presa de inesperada vertigem após o esforço mental, persistente e doloroso.
21
Pag.: 212

Após a visão no caminho de Damasco:

O moço tarsense não sabia que estava instintivamente de joelhos.
21
Pag.: 212

Quer voltar-se pedir o socorro dos companheiros, mas não os vê, apesar da possibilidade de suplicar o auxilio.
21
Pag.: 212

Mas a confusão dos sentidos lhe tira a noção de equilíbrio e tomba do animal, ao desamparo, sobre a areia ardente.
21
Pag.: 212

A visão, no entanto, parece dilatar-se ao infinito, Outra luz lhe banha os olhos deslumbrados, e no caminho, que a atmosfera rasgada lhe desvenda, vê surgir a figura de um homem de majestática beleza, dando-lhe a impressão de que descia do céu ao seu encontro.
21
Pag.: 212

Enquanto os companheiros cercavam o jovem genuflexo, sem nada ouvirem nem verem, não obstante haverem percebido a princípio uma grande luz no alto, Saulo interrogava em voz tremula...
21
Pag.: 213

Dir-se-ia que o apaixonado rabino de Jerusalém fora ferido de morte, experimentando num momento a derrocada de todos os princípios que lhe conformaram o espírito e o nortearam, até então, na vida.
21
Pag.: 213

Experimentou invencível vergonha do seu passado cruel.



Quis falar, penitenciar-se, clamar ao Messias de Nazaré, mas a contrição sincera do espírito arrependido e dilacerado embargava-lhe a voz.
21
Pag.: 213

Palavras de Jesus no caminho de damasco:

- Não recalcitres contra os aguilhões.

Emmanuel falando sobre os pensamentos de Saulo:

Saulo compreendeu. Desde o primeiro encontro com Estevão, forças profundas o compeliam a cada momento, e em qualquer parte, à meditação dos novos ensinamentos. O Cristo chamara-o por todos os meios e de todos os modos.
21
Pag.: 214

Ante a expressão doce e persuasiva do Messias Nazareno, considerava o tempo perdido em caminhos escabrosos e ingratos.
21
Pag.: 214

Certo, o Salvador apiedara-se do seu coração leal e sincero, consagrado ao serviço da lei, …



Ele Saulo, era a ovelha perdida no resvaladouro das teorias escaldantes e destruidoras.
21
Pag.: 214

E tudo envidara para provar-lhe que sabia compreender o seu sacrifício, amparando-o na senda escura das iniquidades humanas, naquele instante decisivo do seu destino.
21
Pag.: 214

- Senhor, que quereis que eu faça.
21
Pag.: 215

Então o moço tarsense não mais percebeu o vulto amorável, guardando a impressão de estar mergulhado num mar de sombras.
21
Pag.: 215

Jonas pergunta a Jacob sobre o que acontecia:

- Não sei bem – esclarecia Jacob impressionado – a princípio notei intensa luz nos céus e, logo em seguida, ouvi que ele pedia socorro.
21
Pag.: 215

O que me preocupa – ponderava Demétrio – é esse diálogo com as sombras. Com quem conversará ele? Se lhe escutamos a voz e não vemos ninguém, que se passará aqui, nesta hora, sem que possamos compreender?
21
Pag.: 216

Jacob diz:

- A meu ver - … - trata-se de um desses casos de febres que atacam repentinamente no deserto...

O velho Jonas, no entanto.... (diz) …

Tenho grande experiência destas marchas com o sol a pino. Gastei a mocidade conduzindo camelos através dos desertos da Arábia. Mas nunca vi um doente, nesses lugares com estas características – a febre dos que caem extenuados no caminho não se manifesta com delírio e com lágrimas.

O enfermo cai abatido, sem reações.

Aqui, porém, observamos o patrão como se estivesse a conversar com um homem invisível para nós. Reluto em aceitar essa hipótese, …
21
Pag.: 219

Após todo o fenômeno no caminho de Damasco, Emmanuel nos diz:

Saulo de Tarso, com a profunda sinceridade que lhe caracterizava as mínimas ações, só queria saber que Deus havia mudado de resolução a seu respeito.

Ser-lhe-ia fiel até ao fim.
21
Pag.: 225

Sua personalidade dinâmica havia estabelecido uma trégua às atividades mundanas, para examinar os erros do passado, as dificuldades do presente e a realizações do futuro.
21
Pag.: 226

Cego em damasco, abandonado durante os 3dias pensava:

…que era ele senão um necessitado da proteção divina. As convenções mundanas e os preconceitos religiosos proporcionavam-lhe (antes) uma tranquilidade aparente; mas, bastou a intervenção da dor imprevista para que ajuizasse de suas necessidades imensas...

Recorreu a Deus para que não o deixasse sem socorro, pediu a Jesus lhe clareasse a mente atormentada pelas ideias de angústia e desamparo.

No terceiro dia de preces...
21
Pag.: 226

Ananias ao encontrar Paulo em seu retiro de 3 dias após as orações pedindo socorro:

O Senhor, que te apareceu no caminho, enviou-me a esta casa para que tornes a ver e recebas a iluminação do Espírito Santo.
21
Pag.: 227

Pouco antes da cura da cegueira …:

O moço apaixonado e caprichoso aprendera a ser humilde.
21
Pag.: 227

Penitencio-me do meu caminho!...
21
Pag.: 227

Banhado no pranto do arrependimento sincero...
21
Pag.: 228

Após seu batizado por Ananias:

- Digne-se o Senhor perdoar meus pecados e iluminar meus propósitos para uma vida nova
21
Pag.: 229

Paulo para Ananias após seu batismo e cura:

- Ressuscitaste-me para Jesus – exclamou jubiloso -; serei dele eternamente. Sua Misericórdia suprirá minhas fraquezas, compader-se-a de minhas feridas, enviará auxílios à miséria de minhalma pecadora, para que a lama do meu espírito se converta em ouro do seu amor.
21
Pag.: 230

A referência às perseguições avivava os remorsos acerbos.

Em compensação, a alma estava repleta de votos sinceros, promissores de uma vida nova.
21
Pag.: 230

Para ser sincero – disse Ananias com a sua experiência dos homens -, acho que deves ser muito prudente nesta nova fase religiosa.

É possível que teus amigos da sinagoga não estejam preparados para receber a luz da verdade toda. A má-fé tem sempre caminhos para tentar a confusão do que é puro.
21
Pag.: 231

Ananias, falando a Paulo sobre Abigail:

- Talvez suas (de Abigail) rogativas aos pés de Jesus hajam contribuído pra que o Mestre te convocasse à luz do Evangelho às portas de Damasco.
21
Pag.: 237

- Quanto ao mais, considero que, a todo tempo, devemos e podemos reparar os erros do passado. E é com esse ardor de fé, que me proponho regenerar minhas próprias estradas.
21
Pag.: 239

Disse Paulo:

- …varejei lares sagrados, encarcerei mulheres e crianças, submeti alguns à pena de morte, ocasionei um vasto êxodo das massas operárias que trabalhavam pacificamente na cidade para seu progresso; criei para todos os espíritos mais sinceros um regime de sombras e terrores.
21
Pag.: 239

Disse Paulo:

- …para invadir os lares alheios e perseguir criaturas inofensivas e inocentes...
21
Pag.: 241

O ex-rabino suportou a increpação com grande serenidade a lhe transparecer dos olhos.

Intimamente, sentia-se ferido no seu amor-próprio.

Os remanescentes do “homem velho” exigiam revide e reparação imediata, ali mesmo, a vista de todos.
21
Pag.: 243

- Sim – explicava o ancião paciente (Ananias) – o Senhor conferiu-te a tarefa do semeador; tens muito a boa vontade, mas, que faz um homem recebendo encargos dessa natureza?

Antes de tudo, procura ajuntar as sementes no seu mealheiro particular, para que o esforço seja profícuo.
21
Pag.: 243

Diz Ananias a Paulo no inicio de sua intenção de levar a Boa Nova:

...mas aquele que já se enganou, ou que guarda alguma culpa, tem necessidade de testemunhar no sofrimento próprio,antes de ensinar.

Os que não forem integralmente puros, ou nada sofreram no caminho, jamais são bem compreendidos por quem lhes ouve simplesmente a palavra.

Contra os seus ensinos estão suas próprias vidas.
21
Pag.: 243

Diz Ananias a Paulo no inicio de sua intenção de levar a Boa Nova:

- Quando hajas sofrido mais – continuava o benfeitor e amigo sincero -, terás apurado a compreensão dos homens e das coisas.

Só a dor nos ensina a ser humanos...
21
Pag.: 244

Diz Ananias a Paulo no inicio de sua intenção de levar a Boa Nova:

- É preciso morrer para o mundo, para que o Cristo viva em nós...
21
Pag.: 244

Paulo, no inicio de sua intenção de levar a Boa Nova, falando a Ananias:

- Tendes razão... Buscarei o deserto em vez de voltar a Jerusalém precipitamente, sem forças, talvez para enfrentar a incompreensão dos meus confrades.
21
Pag.: 244

Confiando muito mais naquele que lhe estendera as mãos, do que  em suas próprias forças, procurou acalmar os sobressaltos íntimos, dando repouso ao corpo fatigado.
21
Pag.: 254-255

Paulo para Gamalieu quando o visitou no retiro:

… - Sem trabalho, sem dinheiro, acho-me num labirinto de questões insolúveis, sem o auxilio de um coração mais experiente que o meu.

… - Amparai meu coração mergulhado em dolorosos pesadelos.
21
Pag.: 255

Gamalieu respondendo a Paulo (acima):

A lição do mestre é grande demais para que seus discípulos estejam a espera de dominações políticas ou de altas expressões financeiras, em seu nome.

Se ele que era puro, e inimitável, por excelência, andou entre sofrimentos e incompreensões neste mundo, não é justo aguardemos repouso e vida fácil em nossa miserável condição de pecadores.
21
Pag.: 256-257

Gamalieu  a Paulo :

- A revelação divina deve referir-se uma região bendita, cujo clima espiritual seja feito de paz e luz. Adaptarmo-nos ao Evangelho é descobrir outro país cuja grandeza se perde no Infinito da Alma.



É preciso, pois marchar sem repouso e sem contar os obstáculos da viagem.
21
Pag.: 257

- Alegras tua estranheza - … - coma mudança de profissão e a falta de dinheiro para as necessidades mais imediatas...

- Entretanto, Saulo, basta meditar um pouco na realidade dos fatos, para que vejas claramente.

- Um velho, como eu, está na situação de Moisés contemplando a Terra prometida, sem poder alcança-la.

- Mas, quanto a ti é preciso convir que estás  ainda muito moço.

- Podes multiplicar as energias com o adestramento de tuas forças e penetrar o terreno das aspirações do Salvador, a nosso respeito.

- Para isso, é indispensável simplificar a vida, recomeçar a luta.

- Josué não poderia ter vencido os óbices do caminho tão só com a leitura dos textos sagrados,  ou com os favores de quantos o estimavam.

- Certamente, manipulou instrumentos rudes, aplainou estradas onde havia abismos, à custa de esforços sobre-humanos.
21
Pag.: 259

Gamaliel a Saulo:

- Está escrito que devemos comer o pão com o suor do rosto.

- O trabalho é o movimento da vida.
21
Pag.: 259

Gamaliel a Saulo:

- As tarefas apagadas são grandes mestras do espírito de submissão.
21
Pag.: 259

Gamaliel a Saulo:

- Estas sem dinheiro, sem recursos materiais...

- A primeira vista, considerando tua situação de realce no mundo, seria justo recorrer a parentes ou amigos.

- Mas não estás doente, nem envelhecido. Tens saúde e força.

- Não será mais nobre convertê-las em elemento de socorro a ti mesmo?

- Todo trabalho honesto está selado com a bênção de Deus.

- Ser tecelão depois de ter sido rabino, é para mim mais honroso que descansar sobre os títulos ilusórios, conquistados num mundo onde a maioria dos homens ignora o bem e a verdade.
21
Pag.: 260

Gamaliel a Saulo:

- Acho justo que regresses a Jerusalém ou a Tarso, plenamente integrado nos teus novos deveres.

- Toda planta é frágil quando começa a crescer.

- As tricas do farisaísmo, a falsa ciência dos doutores, as vaidades familiares poderiam abafar a semente gloriosa que Jesus te lançou no coração ardente.

- O rebento mais promissor não se desenvolverá se o cobrirmos de detrito e lama.
21
Pag.: 261

Gamaliel a Saulo:

- …mas por julgar útil que proves a humildade e a solidão no teu novo caminho.

- As considerações convencionais poderiam perturbar-te, agora que necessitas exterminar o “homem velho” a golpes de sacrifício e disciplina.
21
Pag.: 263

Gamaliel a Saulo:

- Quando o esforço das mãos te haja granjeado a liberdade para escolheres o novo caminho a seguir,

Deus há de abençoar-te o coração, para difundires a luz do Evangelho entre os homens, até ao último dia de vida aqui na terra.
21
Pag.: 269

Áquila e Saulo quando ele mostrou os seus escritos de Levi:

- Conferiram, satisfeitos, os textos e os ensinos.
21
Pag.: 271

Aquila falando a Saulo sobre o que sofreram os cristãos...:

(Saulo) – E a autoridade do movimento (ele) … estaria alheia a esse crime?

(Áquila) – Creio que sim. A crueldade foi demasiada pra que se lhe atribuísse tão só a punição por motivos religiosos.

(Saulo) – Mas não te valeste de alguma petição de justiça?

(Áquila) – Quem se atreveria a fazê-lo? … Tenho amigos que chegaram a recorrer, mas pagaram com castigos mais violentos o desejo de justiça.
21
Pag.: 275

Saulo à Áquila sobre os desmandos de seus subordinados:

- Sempre considerei que um homem, chamado a administrar, responde por todos os erros de seus prepostos, no que toca ao plano geral dos servos.



- É verdade que ele (Saulo) não autorizou o feito cruel, mas tornou-se culpado pela indiferença pessoal, quanto aos detalhes da tarefa que competia ao seu tirocínio.
21
Pag.: 275

Saulo:

- Desde que se consagrara ao Mestre de alma e coração, os remorsos, as dores, as dificuldades como que se afastaram do seu espírito.

- Recebia todo trabalho como um bem, toda necessidade como elemento de ensino.
21
Pag.: 276

Saulo a Áquila e esposa:

- … persevero no esforço de negar-me a mim mesmo, desprezando o passado de iniquidades para merecer a cruz da minha ascese para Deus.
21
Pag.: 276-277

Emmanuel diz:

- A criatura envenenada no mal é qual recipiente de vinagre, que necessita ser esvaziado pouco a pouco.

- A visão de Jesus constituía um acontecimento vivo, imorredouro, mas, para que pudesse compreender toda a extensão dos seus novos deveres, impunha-se lhe o caminho estreito das provas ríspidas e amargosas.

- Vira o Cristo; mas, para ir ter com Ele, era indispensável voltar atrás e transpor abismos.
21
Pag.: 279

Emmanuel diz:

… mas Saulo de Tarso agora resistente como um beduíno, … tomou novamente o rumo de Damasco, radicalmente transformado pelas meditações de três anos consecutivos, passados no deserto.
21
Pag.: 280

Emmanuel diz:

… Entretanto, em sua nova soledade, o moço tarsense reconhecia que forças invisíveis proviam-lhe a mente de grandiosas e consoladoras inspirações.
21
Pag.: 280

Emmanuel diz:

- Aquelas exortações, aquelas vozes brandas e amigas que o assistiram em todo o curso apostolar e atribuídas diretamente ao Salvador, provinham do generoso mártir do “Caminho”, que o seguiu espiritualmente durante trinta anos, renovando-lhe constantemente as forças para execução das tarefas redentoras do Evangelho.
21
Pag.: 280

Emmanuel diz:

- Ao invés dos sentimentos de remorso e perplexidade em face do passado culposo; da saudade e desalento que, às vezes, lhe ameaçavam o coração, sentia agora radiosas promessas no espírito renovado, sem poder explicar a sagrada origem de tão profundas esperanças.
21
Pag.: 281

Saulo na casa do caminho quando reinicia sua pregação:

- A pequena assembleia fraternal congregava-se todas as noites, trocando ideias novas sobre os ensinamentos do Cristo, comentando os acontecimentos mundanos à luz do Evangelho, permutando objetivos e conclusões.
21
Pag.: 286

Saulo em Damasco para Ananias depois de uma refrega verbal na sinagoga:

- Sei que o Mestre – dizia o moço por fim – condenou as contendas e jamais andou entre os discutidores; mas também jamais contemporizou com o mal.



- Pedirei perdão aos ofendidos pela insensatez da minha ignorância, mas, de modo algum poderei fugir ao ensejo de afirmar-me sincero e verdadeiro.



Jesus lutou quanto possível e seus discípulos não poderão proceder de outro modo.
21
Pag.: 287

Ananias ao ser interpelado para entregar o local de Saulo – Falou a verdade sem entregar o companheiro:

- Saulo deve estar com Jesus.

Ao que Emmanuel elucida:

- Nos seus escrúpulos de consciência, o generoso velhinho entendia que, desse modo, não mentia aos homens nem comprometia um amigo Fiel.
21
Pag.: 289

Na viagem Damasco para Jerusalém:

- Poderia talvez valer-se do concurso definitivo de alguma caravana, onde conseguisse os recursos imprescindíveis, mas preferiu familiarizar a vontade poderosa com os obstáculos mais duros.

- Quando a fadiga lhe sugeria o desejo de aguardar a cooperação eventual de outrem, buscava vencer o desânimo, punha-se novamente de pé, apoiava-se em cajados improvisados.
21
Pag.: 296

Ao falar com o amigo Alexandre e o mesmo chamá-lo de demente e mentiroso. Emmanuel diz:

Saulo baixou a fronte silencioso. Grande humilhação daquela hora. Depois de havido como demente, era tido como mentiroso.
21
Pag.: 299

Ao bater na casa do caminho depois de sua conversão Pedro resolve:

- … convocarei uma reunião para hoje à noite.



- Quero que todos cooperem comigo nas decisões a tomar, pois, de mim mesmo , não quero parecer nem injusto nem imprevidente.
21
Pag.: 300

Ao ser pedido uma apresentação de Ananias ao chegar, pela primeira vez, na casa do caminho:

- Já tenho comigo as do Mestre.

- Jesus disse em Damasco - … - que mostraria quanto me compete sofrer por amor ao seu nome.
21
Pag.: 301

Ao decidir quem participar da reunião importante sobre a visita de Saulo:

- À noite, consoante deliberara, Simão Pedro, evidenciando admirável bom-senso, reuniu os companheiros de mais responsabilidade para considerar o assunto.
21
Pag.: 307

Saulo para Pedro na casa do caminho:

- Necessito entrar numa fase ativa de trabalho com que possa desfazer meu passado culposo.
21
Pag.: 309

Nos diz Emmanuel sobre Paulo:

- Entretanto, notou que Tiago, filho de Alfeu, receoso, talvez dos seus antecedentes, não se dignava dirigir-lhe uma palavra...

- A princípio, sentiu quanto lhe doía aquele desinteresse; mas logo considerou a necessidade de humilhar-se diante de todos.

- Nada fizera, ainda que pudesse positivar suas novas convicções.
21
Pag.: 311

Paulo sobre a casa do caminho depois da judaização promovida por Tiago:

- A Igreja do “Caminho” parecia muito mudada.

- Faltava-lhe alguma coisa.

- O ambiente geral era de asfixia de todas as ideias do Nazareno.

- Não mais encontrou ali a grande vibração de fraternidade e de unificação de princípios pela independência espiritual
21
Pag.: 312

Nos diz Emmanuel sobre Paulo quando pela primeira vez quis interpelar Tiago e sua judaização da igreja:

- … e calou-se.

- Não era justo, por enquanto, verberar o procedimento de outrem, quando não dera obras de si mesmo, por testemunhar a própria renovação.
21
Pag.: 313

Pedro dizendo a Saulo, que apesar de ele e joão não concordar com Tiago:

- Além do mais Jesus ensinou que só conseguimos elevados objetivos, neste mundo, cedendo alguma coisa de nós mesmos.

- Por intermédio de Tiago, o farisaísmo acede em caminhar conosco.

- Pois bem: consoante os ensinamentos do Mestre, caminharemos as milhas possíveis.
21
Pag.: 315

Emmanuel em quando paulo estava em jerusalém diz:

Pensava Paulo: O pregador do caminho (Estevão) havia -se imolado por Jesus, porque não fazê-lo também?

Era justo ficar em Jerusalém e seguir-lhe os passos heroicos, para que a lição do Mestre fosse compreendida.

O moço tarsense mergulhava-se em preces fervorosas.

Suplicava a inspiração do Cristo para seus novos caminhos.

 Foi aí que o convertido de Damasco, exteriorizando as faculdades espirituais, fruto das penosas disciplinas observou que um vulto luminoso surgia inopinadamente a seu lado falando-lhe com inefável ternura:

- Retirate-te de Jerusalém, porque os antigos companheiros não aceitarão, por enquanto, o testemunho!
21
Pag.: 315

Saulo ao encontrar grande resistência pensa:

Não tivera a coragem de perseguir-lhe os discípulos, quando os doutores do Sinédrio eram todos complacentes?

Por que não assumir, agora, atitude da reparação, encabeçando um movimento contrário?
21
Pag.: 317

Saulo Conversando com Pedro:

- Entretanto – acabou dizendo ao generoso Apóstolo que o ouvia admirado -, não devo ocultar que tencionava agitar a opinião religiosa da cidade defender a causa do Mestre, restabelecer a verdade em sua feição integral.



-Estêvão não se entregou ao sacrifício? Sinto que nos falta aqui uma coragem igual à do mártir, sucumbindo às pedradas da minha ignorância.



Ao que na resposta Pedro diz:

- Figuremos tua vitoria pessoal no feito.

- Concedamos que pudesses atrair para o Mestre toda a cidade. E depois?

- Deverias e poderias responder por todos os que aderissem ao teu esforço?

- A verdade é que poderias atrair, nunca, porém converter.

- Como não te fosse possível atender a todos, em particular, acabarias execrado pela mesma forma.

- Se Jesus, que tudo pode neste mundo sob a égide do Pai, espera com paciência a conversão do mundo, por que não poderemos esperar, de nossa parte?

- A melhor posição da vida é a dp equilíbrio.

- Não é justo desejar fazer nem menos , nem mais do que nos compete, mesmo porque o Mestre sentenciou que a cada dia bastam os seus trabalhos.
21
Pag.: 325

Emmanuel diz sobre Saulo ao receber o dinheiro do Pai que o rejeitou como Cristão:

Saulo experimentou no íntimo a revolta do “homem velho”.

Imaginou invocar a própria dignidade para devolver a dádiva humilhante.

…mas, que o Mestre agora lhe sugeria a luta consigo mesmo, para que o “homem do mundo” deixasse de existir, ensejando o renascimento do coração enérgico mas  amoroso e terno, do discípulo.

Seria, talvez, a maior de todas as batalhas.

Assim compreendeu, num relance, e buscando vencer-se a si mesmo, tomou a bolsa com resignado sorriso, guardou-a humildemente...
21
Pag.: 326

Em Damasco após a rejeição do pai:

Por mais que estudasse o evangelho, intimamente experimentava singular remorso pelo sacrifício de Estevão, que a seu ver fora a pedra tumular de seu noivado futuroso.

Suas noites estavam cheias de infinitas angústias.

Às vezes, em pesadelos dolorosos, sentia-se de novo em Jerusalém, assinando sentenças iníquas.

As vítimas da grande perseguição acusavam-no olhando-o assustadas, como se a sua fisionomia fosse a de um monstro.

A esperança no Cristo reanimava-lhe o espírito resoluto.
21
Pag.: 327

Em Damasco após a rejeição do pai:

A atitude paterna só lhe agravara as desilusões.

Repelindo-o, o genitor lançava-o num abismo.

Agora começava a compreender que reencetar a existência, não era volver à atividade do ninho antigo, mas principiar, do fundo dalma, o esforço interior, alijar o passado nos mínimos resquícios, ser outro homem enfim.

Compreendia  a nova situação, mas não pôde impedir as lágrimas que lhe aforavam copiosas.
21
Pag.: 327

Em Damasco após a rejeição do pai:

Compreendia  a nova situação, mas não pôde impedir as lágrimas que lhe aforavam copiosas.
21
Pag.: 330

Abigail, em “sonho” para Paulo:

- É preciso ser fiel a Deus, Saulo! Ainda que o mundo inteiro se voltasse contra ti, possuirias o tesouro inesgotável do coração fiel.

- A paz triunfante do Cristo é a da alma laboriosa, que obedece e confia...

- Não tornes a recalcitrar contra os aquilhões.

- Esvazia-te dos pensamentos do mundo.

- Quando hajas esgotado a derradeira gota da posca dos enganos terrenos, Jesus encherá teu espírito de claridades imortais.
21
Pag.: 332-333

Abigail, em “sonho” para Paulo:

Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo?

- Ama!

Como fazer para que a alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com Jesus Cristo?

- Trabalha!

Que providências adotar contra o desânimo destruidor?

- Espera!

Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens?

- Perdoa!

Em seguida, seu vulto luminoso pareceu diluir-se como se fosse feito de fragmentos de aurora.
21
Pag.: 335

Emanuel nos diz:

- Guardaria o lema de Abigail, para sempre.

O amor, o trabalho, a esperança e o perdão

seriam seus companheiros inseparáveis
21
Pag.: 335

Emanuel nos diz sobre o período que Saulo ficou tecelão sem nenhuma missão específica:

- Assim, durante três anos, o solitário tecelão das vizinhanças do Tauro exemplificou a humildade e o trabalho esperando devotamente que Jesus o convocasse ao testemunho.
21
Pag.: 339

Emanuel nos diz sobre Saulo:

- Utilizando o grande cabedal de experiências já adquirido nas refregas e padecimentos do mundo, jamais o viam ocupar os primeiros lugares.

- Nos atos dos Apóstolos, vemos-lhe o nome citado sempre por último, quando se referem aos colaboradores de Barnabé.

- Saulo havia aprendido a esperar.
21
Pag.: 340

Ao tentar pregar junto com Barnabé:

A palavra, tão fácil noutros tempos, parecia retrair-se-lhe na garganta.

Compreendeu que era justo padecer as torturas do reinicio, em virtude da oportunidade que não soubera valorizar.
21
Pag.: 341

Ao tentar pregar junto com Barnabé:

O próprio Barnabé várias vezes, surpreendera-se com a sua dialética confusa na interpretação dos Evangelhos e refletia na tradição do seu passado como rabino, que não chegara a conhecer pessoalmente, e na timidez que o assomava, justo no momento de conquistar o público.

Por esse motivo, foi afastado discretamente da pregação e aproveitado noutros misteres.

Saulo, porém, compreendia e não desanimava.

Se não era possível regressar, de pronto, ao labor da pregação, preparar-se-ia, de novo, para isso.

Nesse intuito, retinha irmãos humildes na sua tenda de trabalho e, enquanto as mãos teciam com segurança, entabulava conversas sobre a missão do cristo.

À noite, promovia palestras na igreja com a cooperação de todos os presentes.
21
Pag.: 342
Toda a página mostra a natureza ainda virgem e pura da igreja de Antioquia.

Termina com: A confiança recíproca, os amigos dedicados, a boa compreensão, constituem alimento sagrado da alma.
21
Pag.: 344

Conta-nos Emmanuel a origem do termo Cristão:

Lucas pondera:

- Não vejo na palavra “Caminho” uma designação perfeita, que traduza o nosso esforço.

- Os discípulos do Cristo são chamados de “Viajores”, “peregrinos”, caminheiros.

- Mas há viandantes e estradas de todos os matizes.

- O mal tem igualmente, o seus caminhos.

- Não seria mais justo chamarmo-nos de – cristãos – uns a outros?

A sugestão de Lucas foi aprovada com geral alegria.
21
Pag.: 347

Saulo ao ir na casa do caminho para entregar a ajuda financeira arrecadada:

Pedro... houve de ceder a Tiago a direção da comunidade e partir para Jope, a fim de que os pobrezinhos não tivessem a situação agravada por sua causa.

Saulo mostrava-se grandemente impressionado com tudo aquilo. Junto de Barnabé, tratou logo de ouvir a palavra de Tiago, o filho de Alfeu. O Apóstolo recebeu-os de bom grado, mas, podiam-se lhe notar desde logo os receios e inquietações.

Repetiu as informações de Prócoro, em voz baixa, como se temesse a presença de delatores; alegou a necessidade de transigência com as autoridades; invocou o precedente da morte do filho de Zebedeu; referiu-se às modificações essenciais que introduzira na igreja.

Na ausência de Pedro, criara novas disciplinas.

Ninguém poderia falar do Evangelho sem referir-se à Lei de Moisés.

As pregações só poderiam ser ouvidas pelos circuncisos.

A igreja estava equiparada às sinagogas. Saulo e o companheiro ouviram-no com grande surpresa. Entregaram-lhe em silêncio o auxílio financeiro da Antioquia.

A ausência eventual de Simão Pedro transformara a estrutura da obra evangélica.

Aos dois recém-chegados tudo parecia inferior e diferente.
21
Pag.: 347

Saulo ao ir na casa do caminho para entregar a ajuda financeira arrecadada:

Pedro... houve de ceder a Tiago a direção da comunidade e partir para Jope, a fim de que os pobrezinhos não tivessem a situação agravada por sua causa.

Saulo mostrava-se grandemente impressionado com tudo aquilo. Junto de Barnabé, tratou logo de ouvir a palavra de Tiago, o filho de Alfeu. O Apóstolo recebeu-os de bom grado, mas, podiam-se lhe notar desde logo os receios e inquietações.

Repetiu as informações de Prócoro, em voz baixa, como se temesse a presença de delatores; alegou a necessidade de transigência com as autoridades; invocou o precedente da morte do filho de Zebedeu; referiu-se às modificações essenciais que introduzira na igreja.

Na ausência de Pedro, criara novas disciplinas.

Ninguém poderia falar do Evangelho sem referir-se à Lei de Moisés.

As pregações só poderiam ser ouvidas pelos circuncisos.

A igreja estava equiparada às sinagogas. Saulo e o companheiro ouviram-no com grande surpresa. Entregaram-lhe em silêncio o auxílio financeiro da Antioquia.

A ausência eventual de Simão Pedro transformara a estrutura da obra evangélica.

Aos dois recém-chegados tudo parecia inferior e diferente.
21
Pag.: 347-348

Barnabé, por sua vez, reconheceu que a casa da irmã se tornara o ponto predileto dos irmãos mais dedicados ao Evangelho. Ali se reuniam a noite, às ocultas, como se a verdadeira igreja de Jerusalém houvesse transferido sua sede para um reduzido círculo familiar.
21
Pag.: 347-348

Ao serem recebidos por Tiago na Igreja do caminho:

Barnabé, sobretudo, notara algo, em particular.

É que o filho de Alfeu, elevado a chefia provisória, não os convidou para se hospedarem na igreja.
21
Pag.: 348-349

Em casa de Barnabé, junto a Maria sua irmã e Saulo...:

Maria expôs ao irmão o seu grande sonho.

Queira dar o filho, ainda muito jovem, a Jesus.

De a muito vinha preparando o menino para o apostolado.

Não seria melhor que João Marcos se transferisse para Antioquia junto do Tio?

Barnabé não se opôs...

Chamado a opinar, Saulo percebeu que os irmãos deliberavam sem consultar o interessado.

Saulo disse a ele:

- João – disse bondosamente – sentes, de fato, verdadeira vocação para o ministério?

- Sem dúvida – confirmou...

- Mas como defines teus propósitos?...

- Penso que o ministério de Jesus é uma glória – respondeu …

Saulo refletiu um instante e sentenciou:

- Teus intuitos são louváveis, mas é preciso não esquecer que a mínima expressão de glória mundana apenas chega após o serviço.
Se assim acontece no mundo, que não será  com o trabalho para o reino doa

Paulo diz:

Mas no que nos diz respeito, convém lembrar as tradições evangélicas.

E, ainda agora, vimos que o cálice reservado a Tiago continha vinagre tão amargo quanto o da Cruz do Messias!...

Todos se silenciaram, mas Saulo continuou em tom prazenteiro, modificando a impressão geral:

Isso não quer dizer que devamos desanimar ante as dificuldades, para aliciar as glórias legítimas do Reino de Jesus.

Os obstáculos renovam as forças.

A finalidade divina deve representar nosso objetivo supremo.

Se assim pensares João, não duvido de teus futuros triunfos.

O tio ainda discorreu sobre as disciplinas indispensáveis, o espírito de sacrifício reclamado pela nobre missão.

João precisaria esquecer qualquer expressão de esmorecimento, para entregar-se, de alma e corpo, ao serviço do Mestre, com absoluta compreensão dos deveres mais justos.

O rapas não hesitou nos compromissos, sob o olhar amorável de sua mãe, que lhe buscava amparar as decisões com a coragem sincera  do coração devotado a Jesus.
21
Pag.: 351

Saulo fala a Barnabé a sua preocupação ao desmantelamento da igreja de Jerusalém e recebe como resposta:

- Confio antes de tudo, no Cristo; depois, espero muito de Pedro...

- Entretanto – insinuava o outro (Paulo) sem vacilar -, precisamos considerar que em tudo deve existir uma pauta de equilíbrio perfeito.

- Nada poderemos fazer sem o Mestre, mas não é lícito esquecer que Jesus instituiu no mundo uma obra eterna e, para iniciá-la, escolheu doze companheiros.

- Certo esse nem sempre corresponderam à expectativa do Senhor; contudo, não deixaram de ser os escolhidos.

- Assim, também é preciso examinar a situação de Pedro.
21
Pag.: 352-353

Saulo fala a Barnabé a sua preocupação ao desmantelamento da igreja de Jerusalém:

- Não é justo esquecer os grandes serviços da igreja de Jerusalém aos pobres e necessitados, creio mesmo que a assistência piedosa dos seus trabalhos tem sido muitas vezes a tábua de salvação.

- Existem, porem, outros setores de atividade, outros horizontes essenciais.

- Poderemos atender a muitos doentes, ofertar um leito de repouso aos mais infelizes; mas sempre houve e haverá corpos enfermos e cansados , na terra.

- Na tarefa cristã, semelhante esforço não poderá ser esquecido, mas a iluminação do espírito deve estar em primeiro lugar.

E Saulo justifica:

- Se o homem trouxesse o Cristo no intimo, o quadro das necessidades seria completamente modificado.

- A compreensão do Evangelho e da exemplificação do Mestre renovaria as noções de dor e sofrimento.

- O necessitado encontraria recursos no próprio esforço, o doente sentiria, na enfermidade mais longa, um escoadouro das imperfeições;

- ninguém seria  mendigo, porque todos teriam luz cristã para o auxilio mútuo,

E por fim,

- os obstáculos da vida seriam amados como corrigendas benditas de Pai amoroso a filhos inquietos.

Barnabé argumenta:

- Mas e os outros companheiros?

Saulo responde:

- Os outros de certo, hão de protestar...

- Contudo a própria natureza dá lições neste sentido. Não clamamos tanto contra a dor?

- E quem nos traz maiores benefícios?

- As vezes nossa redenção está naquilo mesmo que antes nos parecia verdadeira calamidade.

- É indispensável sacudir o marasmo da instituição de Jerusalém...
21
Pag.: 354

- Nosso plano seria desenvolvido na organização de missões abnegadas, sem outro fito que servir, de forma absoluta, à difusão da Boa Nova do Cristo.
21
Pag.: 354

… pois, com a prática, vou reconhecendo que Levi não anotou mais amplamente o que se sabe do mestre. Há situações e fatos que não foram por ele registrados.
21
Pag.: 355

Saulo antes de ir a Antioquia para Barnabé ao ser chamado:

- Poderás contar comigo - … - A situação requer o concurso de irmãos corajosos e a igreja do Cristo não poderá vencer com o comodismo.

- Comparo o Evangelho a um campo infinito, que o Senhor nos deu a cultivar.

- Alguns trabalhadores devem ficar ao pé dos mananciais, velando-lhes a pureza.

- outros revolvem a terra em zonas determinadas;

- mas não há dispensar a cooperação dos que precisam empunhar instrumentos rudes, desfazer cipoais intensos, cortar espinheiros para ensolarar os caminhos.
21
Pag.: 356

Quando do planejamento de sair de Antioquia e pregar em outras plagas:

Relata-nos Emmanuel:

...era indispensável pensar no jovem João Marcos.

Barnabé procurou interessar o sobrinho nas conversações.

Em breve o rapaz convenceu-se de que deveria incorporar-se à missão.

- E se houver muitos obstáculos? - perguntou Saulo avisadamente.

- Saberei vencê-los – respondeu João convicto.

- Más é possível que venhamos a experimentar dificuldades sem conta – continuava o ex-rabino preparando-lhe o espírito.

- Se o Cristo, que era sem pecado, encontrou uma cruz entre apodos e flagelos, quando ensinava as verdades de Deus, que não devemos esperar em nossa condição de almas frágeis e indigentes?

- hei de encontrar forças necessárias

- Saulo contemplo-o, admirado da firme resolução que suas palavras deixaram transparecer e observou:

- Se deres um testemunho tão grande como a coragem que revelas, não tenho dúvidas quanto à grandeza de tua missão.
21
Pag.: 358-359

Saulo notando a timidez e a tendencia de falar com excessivo cuidado para não instigar os judeus pensa:

Fazer reparos a Barnabé seria ingratidão e indisciplina; concordar com o sorriso dos compatrícios perseverantes nos erros do fingimento farisaico seria negar fidelidade ao Evangelho.

Procurou resignar-se e esperou
21
Pag.: 362-364

Diz Saulo quando falava com Sérgio Paulo que estava doente e Barjesus:

- Mas o salvador nos ensina a procurar uma saúde mais real e preciosa, que é a do espírito. Possuindo-a, teremos transformado as causas de preocupação de nossa vida, e habilitamo-nos a gozar a relativa saúde física que o mundo pode oferecer nas suas expressões transitórias.
21
Pag.: 367-368

Saulo depois de ter cegado Barjesus na frente de Sérgio Paulo:

- Saulo, por sua vez, mal dissimulava o próprio assombro pelo auxílio que obtivera no afã de confundir os maliciosos intuitos de Barjesus.
21
Pag.: 373

Ao Barjesus perguntar qual sortilégio Saulo usava:

- Só conheço um sortilégio eficiente – disse Saulo.

- É o da fé em Deus com sacrifício de nós mesmos.
21
Pag.: 374

Ao Barjesus abrir as antigas escrituras (provebios 30:7-9) a pedido de Saulo encontra::

“Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que eu morra. Afasta de mim as vaidades e as mentiras. Não me dês a pobreza, nem a riqueza. Concede-me apenas o alimento de que necessito para não acontecer que, estando farto, eu te negue e pergunte: - Quem é Jeová? - ou que estando pobre, me ponha a furtar e profane o nome de Deus”

Diz Saulo:

Será grande talismã, na existência, o sabermos viver com os nossos próprios recursos, sem exorbitar do necessário ao nosso enriquecimento espiritual.

Diz Emmanuel:

Impressionado, o tecelão consagrado ao Cristo anotou as profundas exortações, para consolidar o seu programa de atividades espirituais, isento de interesses inferiores.
21
Pag.: 375

 A missão permaneceu em Nea-pafos ainda alguns dias, sobrecarregada de muito trabalho.

João Marcos colaborava com os recursos ao seu alcance; todavia, de vez em quando, Barnabé surpreendia-o entristecido e queixoso.

Não esperava encontrar tão vultosa cota de trabalho.

- Mas assim é melhor – acentuava Paulo -, o serviço do bem é a muralha defensiva das tentações.

O rapaz conformava-se; contudo, sua contrariedade era evidente.



Depois de muito confabularem, Paulo e Barnabé resolveram estender a missão aos povos da Panf'ília, com grande escândalo para João Marcos, que se admirava de semelhante alvitre.

- Mas que fazermos com essa gente tão estranha? - Perguntou o rapaz contrariado. -Sabemos, em Jerusalém, que essa província é povoada por criaturas supinamente ignorantes. E ao demais, que ali existem ladrões por toda parte.

- No entanto obtemperou Paulo, convicto – penso que devemos procurar a região, justamente por isso.
...
Ante o argumento irretorquível, João absteve-se de insistir.
21
Pag.: 376

Observando no companheiro um traço superior, Barnabé como que entregara a chefia do movimento ao ex-rabino, cuja palavra, sabia despertar encantadores arrebatamentos
.
21
Pag.: 376

A permanência na localidade  trouxera novos problemas.

Era indispensável alguma atividade culinária. Barnabé, delicadamente, designou o sobrinho para o mister, mas o rapaz não conseguia disfarçar a contrariedade.

Paulo então decide:

Que João não se amofine com o problema, pois é justo que essa parte fique a meu cargo.

Não obstante a atitude generosa de Paulo, o rapaz continuou acabrunhado.
21
Pag.: 377

...resolveram sair dali mesmo para Antioquia da Pisídia.

Informado a esse respeito, João Marcos não conseguiu sopitar s íntimos receios, por mais tempo, e perguntou:

- Supunha que não iriamos além da Panfília. Como pois,  chegar até Antioquia?

Não temos recursos para atravessar tamanhos precipícios.

As florestas estão infestadas de bandidos, o rio encachoeirado não faculta o trânsito de barcas.

E as noites? Como dormir? Essa viagem não se pode tentar sem animais e servos, coisa que não temos.

Paulo contra argumenta em cima do Cristo...

O rapaz pareceu mais angustiado. A energia de Paulo era desconcertante.

O rapaz sugere um grande centro (Alexandria).

Ao que Paulo diz:

Dás demasiada importância aos obstáculos. Já pensastes nas dificuldades que o Senhor certamente venceu para vir ter conosco.

O jovem calou-se evidentemente contrariado. A argumentação era forte demais, a seus olhos, e não lhe ensejava qualquer nova objeção.

A noite Barnabé leva a novidade a Paulo:

O rapaz resolvera regressar a Jerusalém, de qualquer modo.

Aceita que o rapaz volte, mas não modifica seus planos por causa disso.
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Pag.: 380

Paulo ao se despedir de João Marcos:

- Deus te abençoe e te proteja. Não te esqueças de que a marcha para o Cristo é feita igualmente por fileiras. Todos devemos chegar bem; entretanto os que se desgarram têm que chegar por conta própria.

- Sim – disse o jovem envergonhado -, procurarei trabalhar e servir a Deus, de toda minha alma.

Depois Paulo o exorta a se manter ocupado para não cair.
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Pag.: 381

Como homens experimentavam todas as necessidades humanas, mas era profundamente comovedora a fidelidade com que se entregavam ao Cristo, confiando no seu amor a realização dos santificados desejos de uma vida mais alta.
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Pag.: 393

Ao ser acusado de seduzir a Tamíris Paulo se despediu e disse:

- Quando somos sinceros, estamos em repouso invulnerável; cada um aceita a verdade como pode. Pensa, pois e entende como puderes.

E abandonou o recinto para ir a ter com Barnabé.
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Pag.: 395

Quando Barnabé sugeriu repousar alguns dias:

- O serviço é de Jesus e não nosso. Se cuidarmos muito de nós mesmos, nesse capítulo de sofrimentos, não daremos conta do recado; e se paralisamos a marcha nos lances difíceis, ficaremos com os tropeços e não com o Cristo.
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Pag.: 400

Numerosas pessoas copiavam o Evangelho, durante o dia, enquanto os enfermos acorriam de toda parte, carecidos de imediata assistência.
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Pag.: 407

Pedro afirma:

- Sabemos que Jesus não deixou uma solução direta ao problema dos incircuncisos, mas ensinou que não será pela carne que atingiremos o Reino, e sim pelo raciocínio e pelo coração
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Pag.: 409-410


- Ver o discurso de Paulo questionando atitude de pedro em público.

Como é grande não o transcrevi
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Pag.: 420


Nos aposentos de Pedro, Paulo desbafa:

- ...Não posso deixar de reconhecer no fato uma das mais altas demonstrações de fingimento. Concordarei naquilo que não aceito de modo algum. Quase me arrependo de ter assumido compromissos com os nossos amigos de Antioquia; não supunha que a política abominavel das sinagogas houversse invadido totalmente a igreja de Jerusalém.
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Pag.: 422-423


Paulo falando com Pedro sobre o farisaísmo na Casa do Caminho:

(Pedro) – As maiores dificuldades giram em torno da questão monetária.

...assim a igreja está onerada de despesa e dívidas que só a cooperação do judaísmo pode atenuar ou satisfazer.

(Paulo) – Advirto, então, que precisamos instalar aqui elementos de serviço que habilitem a casa a viver de recursos próprios. Os órfãos, os velhos e os homens aproveitáveis poderão encontrar atividades além dos trabalhos agrícolas e produzir alguma coisa para a renda indispensável Cada qual trabalharia de conformidade com as próprias forças, sob a direção dos irmãos ais experimentados. A produção do serviço garantiria a manutenção geral.

Como sabemos, onde há trabalho há riqueza e onde há cooperação há paz.
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Pag.: 424


Paulo planeja pedir recursos as outras igrejas...:

- Provaríamos nosso desinteresse pessoal, vivendo à custa de nosso esforço e recolheríamos as dádivas por toda parte, conscientes de que se temos trabalhado pelo Cristo, será justo também pedirmos por amor ao Cristo.

...porque representaria o material indispensável  a edificações definitivas no plano do trabalho remunerador.
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Pag.: 432


Paulo falando sobre a desistência de João Marcos:

- Se a criatura ainda não sabe todas as noções mais nobres, relativas à sua vida e deveres terrestres, como consagrar-se com êxito ao serviço divino?

- Naturalmente que não podemos ajuizar se este ou aquele já terminou o curso de suas demonstrações humanas e que, de hoje por diante, esteja apto ao serviço do Evangelho, porque, neste particular, cada um se revelara por si.
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Pag.: 442


Paulo falando sobre a decisão de circuncisar Timóteo:

- Até que Deus opere a circuncisão de tantos corações endurecidos, é indispensável saibamos agir com prudência, sem atritos que nos inutilizem os esforços.
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Pag.: 443


Paulo depois de encontrar somente mulheres e crianças no templo em Filipes e uma das senhoras oferecer abrigo em sua casa:

Paulo de Tarso contemplou-a de olhos úmidos. Escutando-lhe a voz desbordante de cristalina sinceridade, recordou que no Oriente, no dia inesquecível do Calvário, só as mulheres haviam acompanhado Jesus no doloroso transe, sendo as primeiras criaturas que o viram na gloriosa ressurreição; e eram ainda elas que, em doce reunião espiritual, vinham a receber a palavra do Evangelho no Ocidente pela primeira vez.
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Pag.: 445


Paulo:

Jesus mandou que ensinássemos a fim de aprendermos duramente.

Não ignoras como vivo em batalha com os espinhos dos desejos inferiores.
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Pag.: 453

Paulo:

Onde houvesse a luta, haveria sempre frutos a colher. As discussões e os atritos, em muitos casos, representavam o revolvimento da terra espiritual para a semente divina.
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Pag.: 459

Paulo sobre Corinto conhecida pela sua devassidão e depois uma das mais belas igrejas:

A cidade era famosa por sua devassidão, mas o apostolo costumava dizer que dos pântanos nasciam, muitas vezes, os lírios mais belos; e como onde há muito pecado há muito remorso e sofrimento, em identidade de circunstâncias a comunidade cresceu, dia a dia, reunindo os crentes mais diversos, que chegavam ansiosos por abandonar  aquela Babilônia incendiada pelos vícios.
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Pag.: 461

Voz espiritual fala a paulo sobre as epístolas:

… o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida.
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Pag.: 462

 Percebendo o elevado espírito de cooperação de todas as obras divinas, Paulo de Tarso nunca procurava escrever só; buscava cercar-se, no momento, dos companheiros mais dignos, socorria-se de suas inspirações, conscientes de que o mensageiro de Jesus, quando não encontrasse no seu tono sentimental as possibilidades precisas para transmitir os desejos do Senhor, teria nos amigos instrumentos adequados.
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Pag.: 465

Paulo:

Irmãos, acaso quereis o Cristo sem testemunho?
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Pag.: 465

Paulo:

Na prova rude e dolorosa, compreendeu, alegremente, que havia atingido a região de paz divina, no mundo interior, que Deus concede a seus filhos depois das lutas acerbas e incessantes por eles mantidas na conquista de si mesmos.
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Pag.: 472

O missionário tarsense, no entanto, conhecendo que o discípulo sincero terá de experimentar as sensações da “porta estreita” todos os dias, nunca se deixou empolgar pelo desânimo. Renovando a cada hora o propósito de tudo suportar, agir, fazer e edificar pelo Evangelho, inteiramente entregue a Jesus Cristo
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Pag.: 477

Paulo:

Desde então, trabalhei sem descanso, porque muitos séculos de serviço não dariam para pagar quanto devo ao Cristianismo.
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Pag.: 483

Paulo de tarso terminou a leitura e lembrou o passado.

Com que direito lhe fazia o Apostolo Galileu semelhante pedido?

Tiago sempre se colocara em posição antagônica. Em que pesasse à sua índole impetuosa, franca, inquebrantável, não podia odiá-lo; entretanto não se sentia perfeitamente afim com o filho de Alfeu, a ponto de se tornar seu companheiro em lance tão difícil.
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Pag.: 483

Desenrolou os pergaminhos e, abrindo-os ao acaso, leu a advertência das anotações de Levi: - “Concilia-te depressa com o teu adversário”.
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Pag.: 487

Paulo disse:

A existência humana é de trabalho incessante e os derradeiros sofrimentos são a coroa do testemunho.
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Pag.: 492

Tiago apareceu, cumprimentando o companheiro em atitude muito humilde. Também ele estava envelhecido exausto,doente.

O Convertido de Damasco, ao contrário de outras vezes, experimentou extrema simpatia pela sua pessoa, que parecia inteiramente modificada pelos reveses e tribulações da vida.
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Pag.: 494

Agora, ali estava ele perante o filho de Alfeu, que nunca o compreendera de forma integral a falar-lhe em nome do passado em nome do Cristo, como a concitá-lo ao resgate de suas derradeiras dívidas angustiosas.
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Pag.: 495-496

Justificativa de Tiago – muito grande ver no livro.
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Pag.: 497

Agora, percebia que a vida exige mais compreensão que conhecimento. Presumia conhecer o Apóstolo galileu com o seu cabedal psicológico, e no entanto, chegava à conclusão de que apenas naquele instante pudera compreendê-lo no titulo que lhe competia.
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Pag.: 503

Paulo em Jerusalém acreditando que iria ser morto:

Não estava ali o passado a reclamar resgates dolorosos? Não seria justo padecer muito, pelo muito que martirizara os outros?
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Pag.: 513

Paulo no sinédrio depois de ter apanhado:

-Continuai a ferir-me! Escarrai-me na face! Açoitai-me! Esse martirológio me exalta para uma esperança superior, porque já criei no meu íntimo um santuário intangível às vossas mãos e onde Jesus há de reinar para sempre...
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Pag.: 521

Ao receber uma proposta de pagar por sua liberdade.

- Percebo agora. Falais de uma justiça condicionada ao capricho criminoso dos homens. Essa justiça não me interessa. Ser-me-á preferível conhecer a morte no cárcere, a servir de obstáculo à redenção espiritual do mais humilde dos funcionários da Cesareia. Dar-lhes dinheiro em troca de uma independência ilícita, seira habituá-los ao apego dos bens que lhes não pertencem. Minha atividade seria, então, um esforço reconhecidamente perverso. Além do mais, quando temos a consciência pura, ninguém nos pode tolher a liberdade e eu me sinto aqui tão livre com lá fora, na praça pública.
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Pag.: 524

Paulo fala a Lucas, quando descobre o plano de que seria crucificado de forma e procedimentos igual ao de Jesus:

- Se eu tiver de testificar Jesus, fá-lo-ei em Roma.

- Saberei morrer junto dos companheiros, como um homem comum e pecador; mas não me submeterei ao papel de falso imitador do Messias prometido.

- Destarte, já que o processo vai ser novamente debatido pelo novo governador, apelarei para César.

O médico  fez um gesto de assombro. … não conseguia compreender aquele gesto...

- Entretanto – objetou com certa hesitação – Jesus não recorreu para as altas autoridades no sacrifício da cruz, e eu receio que os discípulos não saibam interpretar tua atitude como convém.

- Discordo de ti – respondeu Paulo, resoluto -; se as comunidades cristãs não puderem compreender minha resolução, prefiro passar a seus olhos como pedante e desatento, nesta hora singular de minha vida. Sou pecador e devo desprezar o elogio dos homens. Se me condenarem, não estarão em erro. Sou imperfeito e preciso testemunhar nessa condição verdadeira de minha vida. De outro modo seria perturbar minha consciência, provocando um falso apreço humano.

Muito impressionado Lucas guardou a lição inesquecível.
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Pag.: 525

Ao saber dos planos de crucifica-lo igual a Jesus e ante a objeção de Lucas de apelar a César:

- Se as comunidades cristãs não puderem compreender minha resolução, prefiro passar a seus olhos como pedante e desatento, nesta hora singular de minha vida. Sou pecador e devo desprezar o elogio dos homens. Se me condenarem, não estarão em erro. Sou imperfeito e preciso testemunhar nessa condição verdadeira de minha vida. Dê outro modo seria perturbar minha consciência, provocando um falso apreço humano.
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Pag.: 534

Paulo ao receber as despedidas do povo para se apresentar em roma:

Aqueles carinhos do povo lhe falavam brandamente à alma. Significavam que já não era o algoz implacável que, até então, não pudera compreender a misericórdia divina; traduziam a quitação do seu débito com a alma do povo.
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Pag.: 535

Paulo ao concluir que não voltaria mais...:

Abençoemos nossa cruz de cada dia. É preciso trazermos as marcas do Senhor Jesus.
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Pag.: 541-542

Paulo antes do naufrágio faz uma linda metáfora entre a vida, a morte e o momento que se passava:

É linda mas grande – ler no livro
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Pag.: 570

Paulo pedira a Popeia Sabina mulher de vida dissoluta, para agir junto as  autoridades para libertar João:

Notou algo surpreso que alguns companheiros reprovavam a sua iniciativa.

Alegava-se que não era louvável dirigir-se a suma cortesã dissoluta, para impetrar um favor. Semelhante proceder afigurava-se defeso a seguidores do Cristo.

- Respeito e acato a vossa opinião, mas antes de tudo, considero necessário libertar João.

- Com referência às vossas dúvidas, porém, cumpre-me aduzir um argumento que requer ponderação. Porque considerais imprópria uma solicitação a Popéia Sabina?

- Teríeis a mesma ideia, se me dirigisse a Tigelino ou ao próprio imperador?

- Não serão eles vítimas da mesma prostituição que estigmatiza as favoritas de sua corte?

- Se combinasse com um militar embriagado, do Palatino, as providências imprescindíveis à libertação do companheiro, talvez aplaudísseis meu gesto, sem restrições.

- Irmãos, é indispensável compreender que a derrocada moral da mulher,  quase sempre, vem da prostituição do homem...
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Pag.: 588

- … a fortuna suprema do homem é a paz da consciência pelo dever cumprido.

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